CRÔNICAS DIVERSAS
Furto de flor
Furtei uma flor daquele jardim. O porteiro do edifício cochilava e eu furtei a flor. Trouxe-a para casa e coloquei-a no copo com água. Logo senti que ela não estava feliz. O copo destina-se a beber, e flor não é para ser bebida.
Passei-a para o vaso, e notei que ela me agradecia, revelando melhor sua delicada composição. Quantas novidades há numa flor, se a contemplarmos bem. Sendo autor do furto, eu assumira a obrigação de conservá-la. Renovei a água do vaso, mas a flor empalidecia. Temi por sua vida. Não adiantava restituí-la ao jardim. Nem apelar para o médico das flores. Eu a furtara, eu a via morrer.
Já murcha, e com a cor particular da morte, peguei-a docemente e fui depositá-la no jardim onde desabrochara. O porteiro estava atento e repreendeu-me:
– Que ideia a sua, vir jogar lixo de sua casa neste jardim!
Autor: Carlos Drummond de Andrade
Só assim mesmo para retornar de tanto tempo; necessitei forçar-me a compor essas palavras e, ainda por cima, em um tema mais que difícil. Pra mim felicidade não é apenas a ausência da tristeza, vale mais que isso. Aquela criança abre um sorriso quando vê a folha cair na cabeça do velhinho; que bom que o velhinho ri por contribuir com aquele sorriso. O rapaz fica feliz com a promoção em seu emprego, a garota fica feliz quando ele nota seus três mínimos centímetros de corte de cabelo.
Há quem me disse que a felicidade não existe; nunca estamos satisfeitos, queremos sempre algo que nunca temos, admiramos algo que nunca teremos; esse prazer estampado nesse sorriso é muitas vezes resultado de benfeitoria em nós mesmos, nunca nos outros. Talvez fazer algo de coração, por mais mínimo que seja, seja um bom caminho pra começar o dia. De preferência em que quem saia mais ganhando, na verdade, seja o outro. Se for um desconhecido então… parabéns! Talvez você tenha encontrado uma felicidade diferenciada. Uma felicidade que, por mais diferente de qualquer sentimento humano moderno, está muito mais ligado à aquela criança e àquele velhinho do que você possa imaginar. Pense nisso.
Autor: Bruno Alencarf
Adorei essas duas crônicas!!!
ResponderExcluirParabéns!!! A felicidade que tanto buscamos é muito bem traduzida. Esta crônica, nos leva inclusive o repensar o seu significado. Ainda há a reflexão de como e aonde encontrá-la.
ResponderExcluirgostei muito do conto! muito bem trabalhado
ResponderExcluirRayssa 8C
Muito bom seu texto
ResponderExcluirFernanda 8b
Gostei muito, parabéns (Letícia 8C)
ResponderExcluirMuito bom!
ResponderExcluir(Ruan 8A)
Muito bomm!!!
ResponderExcluirÓtimas crônicas parabéns 👏👏
ResponderExcluirMuito boas as crônicas parabéns (Matheus vinicios 8C)
ResponderExcluirEstá ótimo, parabéns, quero aprender com vc ksks(Nicolly alves 8°B
ResponderExcluirÓtima escrita parabéns
ResponderExcluirJamily 8b
Muito boa a história
ResponderExcluirYure 8b
Qui legal 😯
ResponderExcluirParabéns muito bom,ótima escrita
ResponderExcluirBela história,meus parabéns🔥
ResponderExcluirAchei muito bom
ResponderExcluirIsadora Arantes 8C
ExcluirMuito legal
ResponderExcluirEros-8°C
Gostei muito das crônicas!!
ResponderExcluirAna Júlia 8°E
gostei da crônica
ResponderExcluirhoswen 8B
Adorei essas duas crônicas muito bom tá de parabéns
ResponderExcluirGostei muito dessas duas crônicas tá de parabéns (Guilherme Almeida de lima 8A)
ResponderExcluirAmei ketellyn 8E
ResponderExcluirGostei muito das crônicas Ana Carolina 8a
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