ARTIGO DE OPINIÃO - Matheus Kauê 9°C
Criminalização do aborto - a política da morte
“Terceiro Mundo, se for! Piada no exterior!” O Brasil, análogo ao descrito na música “Que País É Este?”, de autoria da banda Legião Urbana, não concebe o direito do aborto às mulheres de seu território, diferentemente dos países desenvolvidos, os do Primeiro Mundo, que asseguram esse direito básico à saúde e à vida. Esse fato mencionado não é um “viralatismo” ou uma saudação ao imperialismo, mas uma comparação reflexiva. É importante entender que a legalização do aborto é de extrema importância para a criação de um Brasil mais humanista e decente quanto à saúde, garantindo, assim, plenos direito à sua população.
O fato de gestar e criar um filho é, na maioria dos casos, um grande e desafiador problema, sobretudo, para as mulheres pobres, havendo questões que vão desde saúde a outras como economia. Sendo o aborto criminalizado no Brasil, essas mulheres pobres precisam recorrer a médicos clandestinos de má qualidade, diferente de mulheres com uma boa condição financeira que, por sua vez, fazem um aborto seguro, tal qual o Estado Brasileiro já consegue prover.
A criminalização do aborto entendido como um fato - afinal centenas de milhares de mulheres abortam todos os anos no Brasil – no território brasileiro representa uma política de morte às mulheres pobres. Não é à toa que o aborto [inseguro] é responsável pela morte de diversas mulheres no Brasil, sendo ele a 5ª razão de morte delas. Portanto, essa política é feita para o óbito de mulheres pobres que são, em sua maioria, mulheres negras, se baseando e expressando o arcaico conservadorismo brasileiro.
Sendo assim, é de suma importância que o povo brasileiro tome consciência da necessidade da legalização do aborto e pressione o Estado Brasileiro, para que assim ele tome medidas e garanta esse direito essencial para a vida das mulheres brasileiras.
MATHEUS KAUÊ DE OLIVEIRA NASCIMENTO, 9º ano C
O seu argumento para a defesa da autonomia da mulher em relação ao aborto é o mais utilizado atualmente, Matheus. Isso se deve ao número alarmante, preocupante e inaceitável de mortes de mulheres pobres, pretas e periféricas em abortos clandestinos. Alegam que, sendo o aborto um fato em nosso país, a descriminalização do mesmo seria também um ato de amor pela vida dessas mulheres. O debate continua!
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